sábado, 5 de fevereiro de 2011

coisa 3

Fiz há pouco a minha estreia no novo esquema de trânsito da cidade da Praia da Vitória, soube que foram elaboradas estas alterações, por uma sumidade na matéria e ao que parece ainda custou uns bons euros, claro que só o tempo dirá que frutos trará. O que importa é que se faça qualquer coisa, que se mostre serviço, eu acho muito bem, parabéns aos promotores destas grandes acções, estranho não ter ouvido por aí o slogan "a Praia está na moda", eu também tinha um vizinho assim, fez um empréstimo muito grande e vivia à grande e à francesa, também veio um decorador de fora que lhe embelezou o lar, o jardim foi desenhado por um fulano que não me lembro o nome, mas era um grande especialista na matéria, pelo menos a avaliar pelo valor que lhe cobrou pelos serviços, também cheguei a ser convidado para lá ir jantar, um repasto digno da mesa de um sultão, daqueles dos contos infantis, era carro, era carrinha, era mota, era barco, era um espectáculo, diga-se de passagem. A mim só me fazia confusão uma coisa, como é que dois ordenados davam para cobrir toda aquela ostentação, mas pronto, estavam lá na sua vida e eu na minha.
Desde há algum tempo que deixei de os ver, se calhar foram de férias, e já lá vão dois anos.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

coisa de frase

Mate todos os meus demónios e meus anjos podem morrer também.
Thomas Lanier Williams

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Aroma a Carnaval

O Carnaval está a chegar, nas pastelarias já abundam coscorões e filhoses, fritas e do forno, é bem verdade que as há o ano todo, mas agora aparecem mais, em algumas garagens, e outros recintos lá se vão ensaiando bailinhos e danças, em Angra os estudantes andam atarefados com os preparativos da sua Tourada, nos mais diversos salões se preparam ementas e se encomenda o recheio para o bar, por um ou outro clube se vai pensando nos bailes, o comércio enquanto exibe corações e corações, promessas de amor eterno entre alguns peluches, vai expondo, para já timidamente, uma ou outra máscara, fantasia aqui, fantasia ali, fitas e confetis alternados com pinturas e uma ou outra cabeleira pendurada numa buzina de baquelite, em casa de uns vai-se limpando ora uma garagem, ora uma sala de onde se tiram alguns móveis de modo a arranjar mais espaço para o dito "assalto" que se vai planeando, em casa de outros pensa-se numa indumentaria mais original do que a do ano passado, e para os lados da cozinha vai-se pensando no prato que se ficou de levar para casa dos amigos, uns na sua confecção outros para encomendar, que agora está mais na moda, mais na moda ou menos no trabalho. É verdade, o Carnaval Terceirense, o tal que também tem bailes de gala, e não faz gala disso, o tal que também tem bolas de cera, água ensacada, farinha e porrada, mas isso não aparece no cartaz, em virtude de ser a atracção de outras paragens, também tem grupos de fantasias que desfilam, não na escola, mas por esses caminhos, nas festas e outros locais de culto, até a Cleópatra já desceu a rua da Sé, mas isso foi no tempo das pirâmides. Ah! é verdade, e as quintas feiras, da amizade e do compadrio que já são também grande tradição por outras paragens, quase do mesmo tempo do desfile do Espírito Santo do Verão.
Há mais para contar, mas falta o tempo, daqui a dias ao conto acrescenta-se um ponto.

coisa 2

Uma coisa que até há algum tempo eu tinha uma certa dificuldade em entender, era o facto de não haver ligações marítimas nas condições que se deveriam julgar necessárias a um certo desenvolvimento tanto apregoado pelos governantes destes torrões de terra no Atlântico plantados, e refiro-me concretamente ao grupo central do arquipélago, e quem fala de marítimas, fala de aéreas, pois a mobilidade das pessoas e das mercadorias, é factor preponderante e essencial na base desse desenvolvimento, sendo assim uma das suas principais bases de sustentação. Hoje ao chegar ao Alto das Covas em direcção a S. Pedro, fitando o horizonte e apesar da meteorologia apontar para um dia nada de especial, ao verificar que via mar até S. Jorge que se apresentava com uma silhueta magnifica em tons de inverno, cobrindo parte da ilha do Pico que se impunha com a sua montanha  rematada com o branco fazendo o contraste perfeito entre o céu salpicado aqui e ali por umas nuvens apaziguadoras, o mar tranquilo e as ilhas sossegadas, enfim o equilíbrio perfeito que só a natureza nos pode proporcionar. O postal não é uma coisa do outro mundo, mas ajuda-me cada vez mais a entender o não interesse que se façam muitas coisas aqui pelo grupo central, afinal esta lagoa de mar que tem cinco ilhas no seu interior, nunca poderá competir de igual com outras que por aí existem.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

coisa 1

Das coisas que ultimamente se tem falado, a Praça Velha é uma delas, é uma coisa interessante, o empenho que houve por parte dos protagonistas da história, quer de um lado quer do outro parece-me que pouco ou nada tinha a ver com a dita praça, acho que o que importava mesmo era aparecer e levar a sua avante para no fim poder gritar vitória, claro que pelo meio andou uma arquitecta que teve o sonho de deixar a sua marca na praça, o que não veio a suceder, bem como meia dúzia de Angrenses que julgaram ter uma grande influência no desfecho da história, e não passaram, como sempre passam, de uns tristes nas mãos de uns politicozecos oportunistas. Contudo, o maior beneficio ainda foi para o Fanal, que se não fosse por isto, ainda não era desta que tinha mobiliário urbano, quanto ao dito bar, e uma vez que a oposição não conseguiu por os patins na Presidente, que os apliquem no bar que ainda poderá vir a servir de tasca ambulante para os festejos de verão que se aproximam.